Onde as ruínas ainda contam a sua história.

Casa Florestal de Vila Pouca de Aguiar

Em tempos foi-nos sugerido colocar em cada reportagem publicada um mapa, mapa este que teria a localização dos locais fotografados. Mas essa ideia acabou por ser rejeitada, por dois motivos.

Um deles tem a ver com a localização de alguma reportagens. Por se encontrarem em sítios, por vezes, de díficil acesso e sem rede para os telemóveis, exigem um mínimo de conhecimento da região, de forma a minimizar os imprevistos.

O outro motivo prendia-se com o vandalismo. E esta reportagem é (infelizmente...) um retrato disso mesmo. Enquanto ainda houver pessoas que não respeitam o património, que pensam que por algo estar abandonado deve ser destruído, que acham que podem fazer o que querem por algo "não ter dono", então o melhor será esconder esse património desses vándalos, tentando com isso mantê-lo o mais intacto possível.

Todos nós já virmos, pelo menos uma vez, uma daquelas casinhas, perdidas no meio da floresta, que abrigavam os vigias florestais, na época em que ainda se usava. E raros serão os que não acham estas pequenas casas, belas e atraentes. Uma beleza minimalista e simples, uma construção tipicamente nossa. Todas elas são iguais, ou parecidas, mas o ambiente em que se encontram dá-lhes um extra, uma beleza especial. Todas elas abrigadas no meio da natureza, como que aconchegadas entre os pinheiros. E infelizmente, hoje em dia estão esquecidas. Ali permanecem, na esperança de receber novamente um dia os protectores da natureza, aqueles apaixonados que nelas moravam temporariamente para vigiar a mãe natureza, como um tesouro que ela é.

E enquanto não surgir nenhum projecto de recuperação, nenhuma vontade por parte das autarquias de lhes dar um qualquer uso, irão todas cair, uma após a outra, deixando apenas memórias em forma de ruína.

Casa Florestal de Vila Pouca de Aguiar

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